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VIOLÊNCIA:
O OLHAR DOS ALUNOS DE GRADUAÇÃO E
OS SERVIÇOS DE ASSISTÊNCIA EM OSASCO E REGIÃO

- Ricardo Fernandes Góes -

Monografia apresentada como trabalho de conclusão para o Programa de Iniciação Científica do Centro Universitário da Fundação de Ensino para Osasco – PIBIC/UNIFIEO.

Curso de Comunicação Social - Jornalismo

Orientadora: Profª. Paula Cristina Veneroso

Osasco - agosto de 2005

 

Conclusão

Percebe-se ao longo do desenvolvimento da pesquisa que, assim como aponta a literatura,  os entrevistados apresentam homogeneidade com relação a suas características de construção do pensamento e comportamento, uma vez que fazem parte da sociedade como atores sociais, de forma a produzir e reproduzir as experiências discursivas na sociedade em que vivem.

Dentre os fatores sociais que tornam a população pesquisada homogênea estão a faixa etária, o uso de instituições públicas para as formações fundamental e média, o uso de internet e televisão e a não participação em ações na comunidade de convívio.

Se tomarmos como base a afirmação de Kupstas (1997, p. 19), de que “a violência assusta. Mas também exige uma tomada de posição”, percebemos que as pessoas tendem a realizar ações motivadas por algo que incomode e/ou “assuste”. Dessa forma, a televisão e/ou veículos de comunicação operariam como facilitadores na introdução de assuntos e modos de comportamento social mais ou menos adequados que requeiram ou não a reação de seu público.

Porém, como também foi possível observar, no momento em que a maioria desse público adota o mesmo modelo, as reações também se tornam iguais (ou ao menos semelhantes) para as coisas boas e ruins.

A violência é apenas um dos elementos com os quais a sociedade divide o espaço e as atenções, seja qual for o seu formato. A compreensão dela, dessa forma, também se dá de maneiras bastantes distintas, a depender dos atores que dela participam e/ou experimentam, de suas convicções e estruturas sociais. A polissemia dos termos se dá nesse contexto. O significado de cada expressão fica vinculado ao momento de vida e experiência de cada um. Torna-se quase que único, apesar de acontecer em sociedade, pois atinge a individualidade do ser (sua construção de mundo).

Aquilo que assusta, da perspectiva da individualidade, torna-se ainda mais obscuro, é colocado de lado, como para se esquecer, e nem sempre motiva uma (re) ação, uma vez que é único e deve ser abandonado para não ter repercussão. O susto não chega a ser tão intenso a ponto de sobrepor à ‘vergonha’ da exposição, da publicidade de seus ‘infortúnios’.

Nesse sentido, a ‘normatização’ da sociedade por meio das transmissões das várias mídias, tendo em vista um discurso nem sempre objetivo quanto à sua natureza, quando as pessoas não têm formação adequada e satisfatória para a compreensão dos meandros comunicativos é algo que deveria estar sob júdice ou ao menos sob constante avaliação. Isso não significa de forma alguma a imposição de censura, mas a construção do sujeito social como peça principal e não como mero acessório para o deleite daqueles que detêm o poder.

A linearidade do pensamento dos alunos investigados é apresentada na leitura dos questionários apresentados, uma vez que eles participam, em sua maioria, das mesmas representações sociais, seja a partir do contato com a própria comunidade em que vivem, como em suas atividades sociais, externa ou internamente, como assistir ao mesmo programa na televisão, reproduzindo-o nos ambientes de trabalho e/ou escola.

Quando se iniciou a investigação, pensou-se que as respostas à necessidade de serviços viriam a compor um leque de opções ou deficiências na conformação das instituições, governamentais ou não, que ofertam serviços à comunidade de uma forma mais pessoal, mais individualizada, enfim, que representasse a experiência vivida pelo aluno. Ao invés, chegou-se a um resultado bastante genérico e que nem sempre está relacionado diretamente à violência. Pelo menos isso não apareceu explicitamente nas respostas dadas.

Dessa forma, fica apresentado um guia de serviços (apêndice C) das regiões que mais apresentaram alunos para os cursos do Unifieo, segundo os resultados da pesquisa. Composto por instituições governamentais, em sua maioria, que desenvolvem atividades de assistência em várias linhas de atendimento, como a policial, a jurídica e a saúde, entre outras, o guia tem como objetivo despertar um olhar para o que existe e de instigar a reflexão sobre como a participação na qualidade de cidadão, associada à formação universitária escolhida, poderia ser mais efetiva em várias frentes e de forma multidisciplinar.

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Caso alguma informação não tenha sido clara ou contenha alguma incorreção,
 qualquer que seja, favor informar-me. Obrigado, Ricardo Góes

Data da última atualização: 23 out 2005