Distribuição dos Serviços por:


Município


Tipo de atendimento


Resultados da Pesquisa:


Apresentação


Produtos


Agradecimento


Contato


 

VIOLÊNCIA:
O OLHAR DOS ALUNOS DE GRADUAÇÃO E
OS SERVIÇOS DE ASSISTÊNCIA EM OSASCO E REGIÃO

- Ricardo Fernandes Góes -

Monografia apresentada como trabalho de conclusão para o Programa de Iniciação Científica do Centro Universitário da Fundação de Ensino para Osasco – PIBIC/UNIFIEO.

Curso de Comunicação Social - Jornalismo

Orientadora: Profª. Paula Cristina Veneroso

Osasco - agosto de 2005

 

Resultados e Análise

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A proposta de análise do material coletado, a princípio, visa a caracterização do perfil dos alunos de graduação do Unifieo, especialmente dos cursos realizados no campus Vila Iara.

Não foram pesquisados alunos de todos os cursos ministrados nesse campus, dada a inviabilidade de acesso aos mesmos, uma vez que, para a aplicação dos questionários, foram utilizados o espaço e o horário de aula, com a colaboração dos professores nos períodos da manhã, tarde e noite.

Dessa forma obtivemos o resultado da Tabela 1, quanto à distribuição dos questionários, por curso, para os alunos presentes na data de sua aplicação.

 

Tabela 1:    Distribuição dos questionários aplicados aos alunos segundo curso freqüentado. Unifieo, Osasco, 2004

Curso

N

%

Administração

114

11,4

Biologia

35

3,5

Comércio Exterior

36

3,6

Design Digital

100

10

Geografia

84

8,4

História

85

8,5

Jornalismo

62

6,2

Letras

168

16,7

Pedagogia

88

8,8

Publicidade e Propaganda

116

11,6

Secretariado Executivo

74

7,4

Turismo

41

4,1

Total

1003

100

 

As Tabelas 2 e 3 indicam uma concentração de alunos no sexo feminino (70,5%) na faixa etária entre 17 e 25 anos (71,9%). O cálculo das média, moda e mediana, segundo as faixas etárias, permite encontrar os seguintes valores: 24 anos para a Média Aritmética Ponderada; 20,55 anos para a Moda (relacionada à classe de maior freqüência de dados); e 22,55 anos para a mediana (ponto central de uma série de valores). Dada a amplitude total de 35 anos para os dados agrupados, especialmente as classes distribuídas acima dos valores da média, na faixa entre 26 e 52, vale refletir sobre a necessidade e/ou exigência de mercado com relação à graduação em nível superior, que não impedem a existência de baixa escolaridade para uma grande porcentagem da população brasileira e os resultados alarmantes do Indicador Nacional de Alfabetismo Funcional - INAF no que diz respeito ao analfabetismo funcional. Ou seja, o fato de as pessoas  freqüentarem os bancos escolares não significa, como é de se esperar, um aumento qualitativo do ensino. Como são apresentados os resultados do INAF (RIBEIRO, 2003, p. 230), daqueles que indicam ter completado o ensino superior, 4% do total de entrevistados são considerados como nível 1 e 18% em nível 2 de alfabetismo. Para se entender os critérios utilizados pela pesquisa realizada pelo Instituto Paulo Montenegro em 2001, Ribeiro descreve:

Os entrevistados que não responderam corretamente a nenhum ou a muito pouco (até dois) itens do texto – lembrando que alguns itens não exigiam decodificação das letras – seriam classificados na condição de analfabetismo. [...]

O nivel 1 de alfabetismo corresponde à capacidade de localizar informações explícitas em textos muito curtos, cuja configuração auxilia o reconhecimento do conteúdo solicitado. Por exemplo, identificar o título da revista utilizada na testagem ou, num anúncio, localizar a data em que se inicia uma campanha de vacinação ou a idade a partir da qual a vacina pode ser tomada gratuitamente.

O nivel 2 de alfabetismo corresponde àquelas pessoas que conseguem localizar informações em textos curtos. Por exemplo, numa carta reclamando de um defeito numa geladeira comprada, identificam qual o defeito apresentado pela geladeira. Conseguem também localizar informações em textos de extensão média, mesmo que a informação não apareça na mesma forma literal em que é mencionada na pergunta. Um exemplo é o item relativo à notícia sobre deslizamento de terra. A notícia informa o nome das pessoas que morreram e na tarefa solicita-se que o leitor diga quantas pessoas morreram.

O nivel 3 de alfabetismo corresponde à capacidade de ler textos mais longos, podendo orientar-se por subtítulos, localizar mais de uma informação, de acordo com condições estabelecidas. As pessoas classificadas nesse nível mostram-se capazes de relacionar partes do texto, comparar dois textos, realizar  inferências e sínteses (2003, p. 15-9).

 

Tabela 2:    Distribuição dos questionários aplicados aos alunos segundo sexo. Unifieo, Osasco, 2004

Sexo

N

%

Feminino

707

70,5

Masculino

292

29,1

Não respondeu

4

0,4

Total

1003

100

 

Tabela 3:    Distribuição dos questionários aplicados aos alunos segundo faixa etária. Unifieo, Osasco, 2004

Faixa Etária

N

%

17 – 19

268

26,7

20 – 22

301

30

23 – 25

153

15,2

26 – 28

87

8,7

29 – 31

61

6,1

32 – 34

41

4,1

35 – 37

28

2,8

38 – 40

24

2,4

41 – 43

14

1,4

44 – 46

7

0,7

47 – 49

5

0,5

50 – 52

3

0,3

Não respondeu

11

1,1

Total

1003

100

     

Com relação à prática religiosa, apesar da variedade encontrada, percebe-se na Tabela 4 a representação da maioria na categoria católico (51,3%), seguida pela categoria evangélico (25,9%).

Tabela 4:  Distribuição dos questionários aplicados aos alunos segundo religião e/ou culto praticado. Unifieo, Osasco, 2004

Região e/ou culto praticado

N

%

Agnóstico

4

0,4

Ateísmo

18

1,8

Budista

9

0,9

Católico

515

51,3

Espírita

64

6,4

Evangélico

260

25,9

Judaísmo

4

0,4

Mórmons

3

0,3

Testemunha de Jeová

7

0,7

Umbanda

5

0,5

Outras

38

3,8

Mais de uma alternativa

12

1,2

Não respondeu

28

2,8

Sem informação

36

3,6

Total

1003

100

 Com relação à cor de pele, foram utilizadas as mesmas categorias adotadas pelo questionário do Censo 2000 (IBGE, 2001), porém com a opção “outra” de forma a minimizar a polêmica, a mesma que ocorre na aplicação do Censo, mistura de cor de pele e raça nas categorias e não utilização da categoria “negro”. Para fins de tabulação dos dados, a pesquisa não considerou na categoria “preto” as respostas dadas como “negro”, que é contemplada em “outra”. Vale ressaltar que tem sido consenso o uso das categorias do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE adotadas pelos órgãos de pesquisa nacionais.

O Gráfico 1 indica a presença de uma maioria de alunos que se considera da cor/raça branca (65,6%), seguida da cor/raça parda (20,5%).

Gráfico 1:   Distribuição dos questionários aplicados aos alunos segundo cor/raça. Unifieo, Osasco, 2004

 

Na Tabela 5, observa-se que a maior parte dos alunos que participaram da pesquisa é residente em Osasco (51,9%), seguida pelos alunos residentes em São Paulo (15,1%) e Carapicuíba (13,6%), o que justifica um investimento na região de forma a suprir a necessidade da comunidade universitária.

 

Tabela 5:    Distribuição dos questionários aplicados aos alunos segundo o  município de residência. Unifieo, Osasco, 2004

Município de Residência

N

%

Barueri

63

6,3

Carapicuíba

137

13,6

Cotia

20

2

Itapevi

24

2,4

Jandira

34

3,4

Osasco

521

51,9

Santana de Parnaíba

16

1,6

São Paulo

151

15,1

Taboão da Serra

20

2

Outros

10

1

Não respondeu

7

0,7

Total

1003

100

No que diz respeito ao local de nascimento da população pesquisada, pode-se afirmar uma maioria do Estado de São Paulo (87,6%), conforme indica a Tabela 6. Desse percentual, na Tabela 7, percebe-se que 43,6% são originários de Osasco e 41,2% do município de São Paulo, o que indica uma população universitária localizada, predominantemente, no entorno do Centro Universitário onde se realizou a pesquisa. O aparecimento de outros Estados, predominantemente da região nordeste do país, reforça o que se encontra na literatura referente à migração para a Grande São Paulo.

 

Tabela 6:  Distribuição dos questionários aplicados aos alunos segundo o Estado (UF) de nascimento. Unifieo, Osasco, 2004

Estado (UF) de nascimento

N

%

Alagoas

4

0,4

Bahia

13

1,3

Maranhão

4

0,4

Minas Gerais

20

2

Paraíba

4

0,4

Paraná

20

2

Pernambuco

8

0,8

Rio de Janeiro

8

0,8

São Paulo

879

87,6

Outros

18

1,8

Não respondeu

8

0,8

Sem informação

17

1,7

Total

1003

100

 

Tabela 7:    Distribuição dos questionários aplicados aos alunos segundo o município de residência daqueles nascidos no Estado de São Paulo. Unifieo, Osasco, 2004

Município de Nascimento

N

%

Barueri

                  8

0,9

Carapicuíba

46

5,2

Osasco

380

43,2

Santana de Parnaíba

5

0,6

São Caetano do Sul

4

0,5

São Paulo

367

41,8

Outros

69

7,8

Total

879

100

Diferentemente do que aponta a literatura local sobre a cidade (COELHO, 2001; OLIVEIRA & NEGRELLI, 1992; SANAZAR, 1998), no que diz respeito à nacionalidade da população de Osasco, a maior parte dos alunos (56,3%) revela não ter parentes estrangeiros em primeiro grau (Tabela 8). Isso também revela que as novas gerações já não estão tão próximas das tradições e costumes de seus pais, avós e bisavós, como acontecia no passado, de forma a se manter uma cultura mais local e nacional, conforme indicaram as tabelas anteriores.

 

Tabela 8:    Distribuição dos questionários aplicados aos alunos segundo a nacionalidade de pais, avós e bisavós. Unifieo, Osasco, 2004

Origem da Família

N

%

Pais, Avós e Bisavós estrangeiros

406

40,5

Pais, Avós e Bisavós não estrangeiros

565

56,3

Não respondeu

32

3,2

Total

1003

100

As Tabelas 9 e 10 indicam uma maioria freqüentadora de bancos escolares públicos, tanto na formação em Ensino Fundamental quanto em Ensino Médio, respectivamente com 78,4% e 73,3%. Isso reforça a idéia de que os cursos universitários de instituições privadas são ministrados para aqueles que têm sua origem educacional nas escolas públicas, enquanto os cursos públicos para formação em ensino superior são freqüentados por aqueles que tiveram melhores oportunidades na formação fundamental e média. Agrega-se a isso o resultado apresentado na Tabela 11, que indica a necessidade da realização de atividades remuneradas pelos alunos, seja para sua própria manutenção, seja como complemento no orçamento familiar. Do total, apenas 6,5% demonstram nunca ter realizado atividade remunerada e 0,8% não respondeu. Ou seja, mais de 90% dos alunos matriculados nos curso investigados ou trabalham formalmente, ou informalmente, ou buscam por uma recolocação no mercado formal ou informal. De toda forma, isso não significa que os valores recebidos em suas atividades sejam suficientes para a manutenção das despesas com habitação, transporte, alimentação e estudos, uma vez que é grande a procura por redução de custos, nas Instituições de Ensino privadas, seja por meio da ‘conquista’ de bolsa de estudos ou comprovação para financiamento educacional.

 

Tabela 9:    Distribuição dos questionários aplicados aos alunos segundo o tipo de instituição freqüentada durante o Ensino Fundamental. Unifieo, Osasco, 2004

Tipo de Instituição

N

%

Privada

208

20,7

Público

786

78,4

Pública e Privada

7

0,7

Não respondeu

2

0,2

Total

1003

100

 

Tabela 10:  Distribuição dos questionários aplicados aos alunos segundo o tipo de instituição freqüentada durante o Ensino Médio. Unifieo, Osasco, 2004

Tipo de Instituição

N

%

Privada

253

25,2

Público

735

73,3

Pública e Privada

3

0,3

Não respondeu

12

1,2

Total

1003

100

 

Tabela 11:  Distribuição dos questionários aplicados aos alunos segundo a realização de atividade remunerada. Unifieo, Osasco, 2004

Atividade Remunerada Desenvolvida

N

%

Trabalha (com registro)

681

67,9

Está desempregada

196

19,5

Faz bico

53

5,3

Nunca trabalhou

65

6,5

Não respondeu

8

0,8

Total

1003

100

A Tabela 12 representa o volume de internautas dentre os alunos matriculados nos cursos no Unifieo. Totalizando 86,9% de freqüentes usuários, quanto ao local em que se utiliza esta ferramenta, pode-se apurar que a maior parte faz uso exclusivamente em casa (44,1%), no trabalho (23,9%), em casa e no trabalho (11,1%) e em outros locais, como por exemplo, nos laboratórios de informática da instituição (7,8%). A pergunta foi formulada de forma a considerar o período de um mês. Com isso, obteve-se o valor de 6,2% que não acessaram internet nos últimos 30 dias e 5,5% revelaram que nunca acessaram a internet. Apenas 1,4% não respondeu à questão.

Dado o volume de usuários, poder-se-ia investigar quais os objetivos para a navegação, como por exemplo se o uso destina-se apenas para bate-papo e envio/recepção de mensagens eletrônicas, ou para jogos on-line, ou para pesquisas diversas relacionadas ao curso, ou para leitura de periódicos eletrônicos, entre outras possibilidades, o que não foi o objetivo desta pesquisa, pois se procurou apurar o uso e o possível padrão de respostas associadas a este meio.

 

Tabela 12:  Distribuição dos questionários aplicados aos alunos segundo o uso de internet. Unifieo, Osasco, 2004

Local onde utiliza internet

N

%

Em casa

442

44,1

Em casa e no trabalho

111

11,1

No trabalho

240

23,9

Outros locais

78

7,8

Não acessa

62

6,2

Não respondeu

14

1,4

Nunca acessou

56

5,5

Total

1003

100

 No Gráfico 2, pode-se observar que, com relação à participação dos alunos nas comunidades em que vivem, a maioria não mantém uma atividade (74,3%). Vale ressaltar que não houve considerações por parte dos respondentes de participação em “comunidades virtuais”, apesar de muitos utilizarem a internet como suporte eletrônico de comunicação, seja para recepção ou transmissão de informações conforme vimos acima.

A integração de poucos junto a sua comunidade (17,3%) não impede a percepção da falta de serviços na mesma, quando, no Gráfico 3, temos a afirmação de 49% quanto à ausência de serviços e 29,4% quanto à existência de serviços em modalidades e quantidades suficientes para o atendimento da população. Chama a atenção o fato de 17,5% não responderem à questão, pois indica uma certa indiferença no que diz respeito aos recursos existentes e necessidade da população em geral.

Uma observação, quanto à indicação de insuficiência de equipamentos na comunidade, como nas áreas de segurança (15%), lazer (13,9%), saúde (13,6%), entre outros tipos de assistência necessários à população, é a de que muitas das respostas (67,1%) advêm de alunos que respondem não participar de atividades na comunidade. Aqueles que participam mais ativamente da comunidade têm a percepção de que faltam mais equipamentos de saúde (14%). Vale lembrar que apenas 417 entrevistados (41,6% do total) responderam a esta questão, conforme mostra a Tabela 13.

Gráfico 2:   Distribuição dos questionários aplicados aos alunos segundo a participação de atividades na comunidade. Unifieo, Osasco, 2004

 

Gráfico 3:   Distribuição dos questionários aplicados aos alunos segundo a percepção da falta de serviços na comunidade. Unifieo, Osasco, 2004


 

Tabela 13:  Distribuição dos questionários aplicados aos alunos segundo o tipo de serviço apontado como falta e a participação do entrevistado em atividades na comunidade. Unifieo, Osasco, 2004

Tipo de Serviço que falta na comunidade

Participação do Aluno em atividades na comunidade

Não

Não responde

sim

Total geral

n

%

n

%

n

%

N

%

Alfabetização

1

0,4

-

-

2

1,8

3

0,7

Alfabetização adultos

-

-

-

-

1

0,9

1

0,2

Assist animais

1

0,4

-

-

1

0,9

2

0,5

Assist carente

4

1,4

-

-

4

3,5

8

1,9

Assist criança

4

1,4

-

-

3

2,6

7

1,7

Assist dependentes químicos

1

0,4

-

-

1

0,9

2

0,5

Assist família

-

-

1

4,3

-

-

1

0,2

Assist idosos

2

0,7

-

-

1

0,9

3

0,7

Assist jovens

2

0,7

-

-

-

-

2

0,5

Assist necessidades especiais

2

0,7

-

-

-

-

2

0,5

Assist população carente

5

1,8

-

-

2

1,8

7

1,7

Assist universitária

1

0,4

1

4,3

-

-

2

0,5

Associação moradores

5

1,8

-

-

1

0,9

6

1,4

Biblioteca

1

0,4

-

-

1

0,9

2

0,5

Cinema

1

0,4

-

-

-

-

1

0,2

Comércio

2

0,7

-

-

-

-

2

0,5

Creche

2

0,7

-

-

2

1,8

4

1

Cultura

15

5,4

-

-

6

5,3

21

5

Educação

3

1,1

5

21,7

3

2,6

11

2,6

Educação ambiental

10

3,6

2

8,7

6

5,3

18

4,3

Educação infantil

2

0,7

1

4,3

-

-

3

0,7

Educação jovens

2

0,7

-

-

-

-

2

0,5

Educação profissionalizante

1

0,4

-

-

3

2,6

4

1

Educação religiosa

-

-

-

-

1

0,9

1

0,2

Emprego

2

0,7

-

-

3

2,6

5

1,2

Esporte

19

6,8

-

-

5

4,4

24

5,8

Grupo teatral

1

0,4

-

-

-

-

1

0,2

Iluminação

-

-

-

-

2

1,8

2

0,5

Jurídico

-

-

1

4,3

1

0,9

2

0,5

Lazer

39

13,9

2

8,7

9

7,9

50

12

Limpeza

3

1,1

1

4,3

1

0,9

5

1,2

Pavimentação

1

0,4

-

-

-

-

1

0,2

Saneamento

7

2,5

2

8,7

8

7

17

4,1

Saúde

38

13,6

4

17,4

16

14

58

13,9

Segurança

42

15

1

4,3

5

4,4

48

11,5

Serviço social

8

2,9

-

-

5

4,4

13

3,1

Teatro

1

0,4

-

-

-

-

1

0,2

Transporte

8

2,9

-

-

2

1,8

10

2,4

Voluntariado

-

-

-

-

1

0,9

1

0,2

S/inf

44

15,7

2

8,7

18

15,8

64

15,3

Total geral

280

100

23

100

114

100

417

100

 

 

67,1

 

5,5

 

27,3

 

100

Daqueles que indicam, na Tabela 14, uma definição para violência (96,7%); 29,4% reportam a origem desta para a atitude das pessoas ou do grupo a que pertencem; 26,1% para a construção social; 15,6% como um mal generalizado; 12,6% ao indivíduo; e 10,7% relacionam à cultura. (Gráfico 4)

 

Tabela 14:  Distribuição dos questionários aplicados aos alunos segundo resposta dada para definição de violência. Unifieo, Osasco, 2004

Definição dada para violência

N

%

Respondeu

970

96,7

Não respondeu

33

3,3

Total

1003

100

 

 

Gráfico 4:   Distribuição dos questionários aplicados aos alunos segundo classificação de violência. Unifieo, Osasco, 2004

Na Tabela 15, observa-se a indicação de 30% das respostas dos entrevistados que prevêem a necessidade de equipamentos na comunidade para a definição de violência como atitude, porém 60% desses não interagem em atividades na própria comunidade. Quando avaliada a resposta pelo total de entrevistados que participam ou não de atividades na comunidade, a atitude como violência fica em torno de 26,8% das respostas daqueles que não participam e 34,2% daqueles que participam.

Para aqueles que participam de alguma atividade na comunidade, a proporção de respostas, com relação ao total do grupo ou à sua definição de violência, não sofre grande variação.

 

Tabela 15:  Distribuição dos questionários aplicados aos alunos com resposta positiva para falta de serviços na comunidade, segundo classificação de violência e sua participação na comunidade. Unifieo, Osasco, 2004

Classificação de violência

Participação em Atividades na Comunidade

n

nr

s

Total geral

n

%

n

%

n

%

n

%

Atitude

75

26,8

11

47,8

39

34,2

125

30

Cultura

27

9,6

 

-

10

8,8

37

8,9

Família

3

1,1

 

-

5

4,4

8

1,9

Indivíduo

35

12,5

5

21,7

12

10,5

52

12,5

Mal

39

13,9

1

4,3

11

9,6

51

12,2

Religião

13

4,6

 

-

3

2,6

16

3,8

Sociedade - exclusão

23

8,2

1

4,3

10

8,8

34

8,2

Sociedade - global

10

3,6

1

4,3

4

3,5

15

3,6

Sociedade - privação

5

1,8

 

-

2

1,8

7

1,7

Sociedade - geral

43

15,4

4

17,4

13

11,4

60

14,4

Não responde

7

2,5

 

-

5

4,4

12

2,9

Total geral

280

100

23

100

114

100

417

100

 

 A partir do cruzamento das variáveis “classificação da violência” e “sexo” do entrevistado (Tabela 16), percebe-se que a predominância das respostas incide na atitude, independentemente do sexo do entrevistado, com 4 pontos percentuais de diferença entre as respostas dadas pelos homens e pelas mulheres, respectivamente com 31,2% e 27,2%.

Seguem as classificações de violência como mal (15,8% e 15%), sociedade (12,3% e 13%), indivíduo (12,3% e 12%) e cultura (8,9% e 11%). Se agruparmos outros três itens relativos à sociedade, como a exclusão social, a globalização e a privação, obteremos um índice maior na distribuição entre os sexos (23,3% e 25,8%), mas que ainda assim não supera o valor alcançado por atitude.

Ao interpretar atitude para definição de violência, pode-se inferir que se trata de algo possível de ser extinto, pois nem toda reação precisa ser, necessariamente, nos mesmos moldes da ação. Ou seja, o ato de ofender alguém não implica numa resposta da mesma forma ofensiva. Para isso temos o ditado de que “uma ação não justifica a outra”.

Porém, quando se observam as práticas educativas, especialmente as de âmbito familiar, nota-se que muitos adultos oferecem o discurso do “olho por olho, dente por dente”, ou seja, o revide como resposta às intercorrências experimentadas pelas crianças, assim como por outros adultos de seu convívio (MICHAUD, 1989, p. 63-6; SAFFIOTI, 1989, p. 20; 1997, p. 51; BUORO et al., 1999, p. 31-5). Dessa forma, encontra-se um contraste com relação às formas de discurso e sua prática, dentro e fora de casa, pois existe, de um lado, a teoria do “politicamente correto” adotada em ambientações mais públicas e derivada do discurso midiático e legal, e do outro, a realidade e realização das ações dos indivíduos na sociedade, dentre e fora de seus lares.

De toda forma, não podemos desprezar que as ações sejam tanto individuais quanto coletivas, podendo sociedade também ser entendida como esse coletivo. Com isso, no montante, teríamos 66,8% das respostas dadas pelos homens e 65% pelas mulheres.

 

 Tabela 16: Distribuição dos questionários aplicados aos alunos segundo classificação de violência e o sexo do entrevistado. Unifieo, Osasco, 2004

Classificação de violência

Sexo

Feminino

Masculino

Não Responde

Total Geral

n

%

n

%

n

%

n

%

Atitude

192

27,2

91

31,2

1

25

284

28,3

Cultura

78

11

26

8,9

-

-

104

10,4

Família

7

1

5

1,7

-

-

12

1,2

Indivíduo

85

12

36

12,3

1

25

122

12,2

Mal

106

15

46

15,8

-

-

152

15,2

Religião

30

4,2

11

3,8

-

-

41

4,1

Sociedade exclusão

53

7,5

19

6,5

-

-

72

7,2

Sociedade global

25

3,5

9

3,1

-

-

34

3,4

Sociedade privação

13

1,8

4

1,4

1

25

18

1,8

Sociedade sociedade

92

13

36

12,3

1

25

129

12,9

Não responde

26

3,7

9

3,1

-

-

35

3,5

Total geral

707

100

292

100

4

100

1003

100

 

Com relação aos hábitos do entrevistados quanto ao consumo de produção televisiva, pode-se verificar que 82,8% deles consomem e têm preferência por um ou mais programas (Gráfico 5). Dentre as programações preferenciais dos entrevistados, destacam-se a jornalística (37,3%) e a de entrevistas (12,2%). Em terceira posição surgem os filmes (6,5%) e em quarta as novelas (5,4%) (Tabela 17).  Para esta tabulação foi considerada apenas a primeira alternativa, caso tenha sido apresentada mais de uma opção como preferência.

 

Gráfico 5:   Distribuição dos questionários aplicados aos alunos segundo o uso de aparelho de televisão. Unifieo, Osasco, 2004


 

Tabela 17:  Distribuição dos questionários aplicados aos alunos segundo classificação dos programas preferidos (1ª opção de resposta). Unifieo, Osasco, 2004

Tipo de Programação Preferida

N

%

Animação

14

1,7

Debate

18

2,2

Documentários

29

3,5

Educativos

6

0,7

Entretenimento

23

2,8

Entrevistas

101

12,2

Esportes

20

2,4

Filmes

54

6,5

Humorísticos

50

6

Jornalísticos

310

37,3

Jornalísticos Esportivos

17

2,1

Musicais

40

4,8

Novelas

45

5,4

Programas de Auditório

16

1,9

Religiosos

4

0,5

Seriados

27

3,2

Variedades

12

1,4

Outros

45

5,4

Total

831

100

 

Quando relacionadas as respostas dadas para violência, de acordo com a classificação acima apresentada, aos programas televisivos preferenciais e à necessidade de serviços na comunidade, observa-se a predominância da programação jornalística associada a todas as classificações de violência, destacando-se a atitude com 28,3%, o mal com 15,2%, a sociedade com 12,9%, o indivíduo com 12,2% e a cultura com 10,4%. Estes resultados, associados à falta de serviços na comunidade, se dão da seguinte forma: atitude X jornalismo, 26,6% não percebem a necessidade de serviços na comunidade enquanto 27,2% percebem; mal X jornalismo, 25,5% e 39,2%; sociedade X jornalismo, 27,8% e 36,7%; indivíduo X jornalismo, 28,9% e 28,8%; e cultura X jornalismo, 32,4% e 24,3% (Quadro 1). Disso, pode-se considerar que 29,7% dos entrevistados, em média, independentemente de ter a percepção ou não da ausência de serviços de atenção à comunidade, têm sua produção de conceitos adestrados a partir do que se vê nas mídias, uma vez que estas entram “no ritual de transmitir verdade e com isso enfeitiçar a inteligência dos receptores” (MARCONDES FILHO, 1988, p. 38). A televisão passa a exercer a função de catalisador do pensamento e formas de agir, uma vez que seu discurso é muito menos de proposição educativa e muito mais de adequação às formas de linguagem de quem a assiste a partir de um mecanismo de sedução como se observa nas peças publicitárias. (REZENDE, 2000, p. 31-7)

 

Quadro 1:   Distribuição dos questionários aplicados aos alunos segundo classificação de violência, programas de TV e necessidade de serviços na comunidade. Unifieo, Osasco, 2004

Programas de Televisão

Necessidade de Serviços na comunidade

Não

Não resp.

Não sabe

Sim

Total

n

%

n

%

N

%

n

%

n

%

                     

Violência relacionada à Atitude

Total

94

29,9

51

28,2

14

15,4

125

30

284

28,3

Jornalismo

25

26,6

21

41,2

5

35,7

34

27,2

85

29,9

Entrevista

11

11,7

2

3,9

2

14,3

14

11,2

29

10,2

Humorístico

10

10,6

4

7,8

1

7,1

4

3,2

19

6,7

Filme

2

2,1

6

11,8

1

7,1

6

4,8

15

5,3

Novela

1

1,1

-

-

-

-

5

4

6

2,1

Não assiste tv

-

-

-

-

-

-

2

1,6

2

0,7

Violência relacionada à Cultura

Total

37

11,8

21

11,6

9

9,9

37

8,9

104

10,4

Jornalismo

12

32,4

6

28,6

1

11,1

9

24,3

28

26,9

Entrevista

6

16,2

3

14,3

2

22,2

4

10,8

15

14,4

Humorístico

2

5,4

2

9,5

1

11,1

1

2,7

6

5,8

Novela

1

2,7

1

4,8

2

22,2

2

5,4

6

5,8

Filme

1

2,7

-

-

-

-

4

10,8

5

4,8

Não assiste tv

-

-

-

-

-

-

1

2,7

1

1

Violência relacionada à Família

Total

1

0,3

3

1,7

-

-

8

1,9

12

1,2

Jornalismo

1

100

1

33,3

-

-

4

50

6

50

Não assiste tv

-

-

1

33,3

-

-

-

-

1

8,3

Violência relacionada ao Indivíduo

Total

38

12,1

16

8,8

16

17,6

52

12,5

122

12,2

Jornalismo

11

28,9

1

6,3

3

18,8

15

28,8

30

24,6

Entrevista

6

15,8

1

6,3

3

18,8

4

7,7

14

11,5

Filme

3

7,9

3

18,8

1

6,3

1

1,9

8

6,6

Novela

2

5,3

1

6,3

2

12,5

2

3,8

7

5,7

Humorístico

1

2,6

1

6,3

-

-

2

3,8

4

3,3

Não assiste tv

2

5,3

-

-

1

6,3

1

1,9

4

3,3

Violência relacionada ao Mal

Total

47

15,0

34

18,8

20

22,0

51

12,2

152

15,2

Jornalismo

12

25,5

12

35,3

7

35

20

39,2

51

33,6

Entrevista

5

10,6

2

5,9

2

10

3

5,9

12

7,9

Filme

6

12,8

-

-

1

5

5

9,8

12

7,9

Novela

4

8,5

2

5,9

1

5

4

7,8

11

7,2

Humorístico

3

6,4

1

2,9

3

15

2

3,9

9

5,9

Não assiste tv

-

-

1

2,9

-

-

-

-

1

0,7

Violência relacionada à Religião

Total

16

5,1

6

3,3

3

3,3

16

3,8

41

4,1

Jornalismo

6

37,5

1

16,7

1

33,3

5

31,3

13

31,7

Entrevista

3

18,8

-

-

-

-

3

18,8

6

14,6

Filme

1

6,3

3

50

-

-

-

-

4

9,8

Novela

-

-

-

-

-

-

3

18,8

3

7,3

Não assiste tv

1

6,3

-

-

-

-

1

6,3

2

4,9

Violência relacionada à Sociedade – Exclusão

Total

18

5,7

8

4,4

12

13,2

34

8,2

72

7,2

Jornalismo

5

27,8

4

50

3

25

13

38,2

25

34,7

Entrevista

-

-

-

-

2

16,7

3

8,8

5

6,9

Filme

1

5,6

1

12,5

-

-

1

2,9

3

4,2

Novela

1

5,6

1

12,5

-

-

1

2,9

3

4,2

Humorístico

1

5,6

-

-

-

-

1

2,9

2

2,8

Violência relacionada à Sociedade – Mundial

Total

12

3,8

3

1,7

4

4,4

15

3,6

34

3,4

Jornalismo

3

25

1

33,3

2

50

6

40

12

35,3

Humorístico

2

16,7

-

-

-

-

2

13,3

4

11,8

Entrevista

2

16,7

-

-

-

-

1

6,7

3

8,8

Novela

-

-

-

-

-

-

2

13,3

2

5,9

Filme

-

-

-

-

1

25,0

-

-

1

2,9

Não assiste tv

1

8,3

-

-

-

-

-

-

1

2,9

Violência relacionada à Sociedade – Privação

Total

6

1,9

4

2,2

1

1,1

7

1,7

18

1,8

Jornalismo

3

50

2

50

1

100

4

57,1

10

55,6

Entrevista

-

-

-

-

-

-

2

28,6

2

11,1

Filme

-

-

1

25

-

-

-

-

1

5,6

Novela

1

16,7

-

-

-

-

-

-

1

5,6

Violência relacionada à Sociedade – Geral

Total

36

11,5

24

13,3

9

9,9

60

14,4

129

12,9

Jornalismo

10

27,8

9

37,5

2

22,2

22

36,7

43

33,3

Entrevista

2

5,6

2

8,3

1

11,1

8

13,3

13

10,1

Não assiste tv

1

2,8

2

8,3

1

11,1

1

1,7

5

3,9

Filme

1

2,8

-

-

-

-

3

5

4

3,1

Humorístico

-

-

1

4,2

2

22,2

1

1,7

4

3,1

Novela

2

5,6

2

8,3

-

-

-

-

4

3,1

Não respondem à questão sobre violência

Total

9

2,9

11

6,1

3

3,3

12

2,9

35

3,5

Jornalismo

2

22,2

1

9,1

-

-

4

33,3

7

20

Entrevista

-

-

2

18,2

-

-

-

-

2

5,7

Humorístico

-

-

1

9,1

-

-

1

8,3

2

5,7

Novela

-

-

-

-

1

33,3

1

8,3

2

5,7

Filme

-

-

1

9,1

-

-

-

-

1

2,9

Não assiste tv

-

-

1

9,1

-

-

-

-

1

2,9

 

No que se refere ao discurso apresentado pelas mídias, Dino Preti, ao apresentar o trabalho de Dias (1996), cujo título é “O discurso da violência”, coloca:

Se é certo que rádio, televisão e jornal devem cumprir seu papel informativo, revelando para seu público esses acontecimentos, seria possível questionar a forma como o fazem e as reais intenções que presidem a apresentação do noticiário violento, às vezes, mais eloqüente nos pormenores do que nos próprios fatos em si ( p. 11).

A pesquisa realizada por Dias enfoca o discurso utilizado pelo jornal Notícias Populares, longe de qualquer preconceito em relação ao tipo de registro lingüístico,  entre outros recursos, a fim de “alcançar uma forma imediata de comunicação com o povo, próxima da interação falada”, uma vez que

vocábulos e estruturas lingüísticas ligados às classes populares se incorporaram ao uso, introduziram-se na mídia, participando de veículos de comunicação, como o rádio, a TV e a imprensa (1996, p. 15-7).

Num processo contínuo e circular, as linguagens se misturam, se fundem com as estruturas pré-existentes, de forma a não perder o vínculo já estabelecido entre os veículos e seus usuários. Não se pode deixar de lembrar que o Jornal Nacional, o programa jornalístico mais presente entre as respostas dos alunos entrevistados, baseado na experiência estadunidense, nasceu em 1º de setembro de 1969 com a intenção de encontrar a “família brasileira reunida na sala”, pois “a televisão era próxima, coloquial, diferente do rádio, onde o narrador se exaltava, falava mais alto, como se procurasse o ouvinte por todos os cantos da casa” (MEMÓRIA , 2004, p. 25).

Isso, associado à preocupação da empresa em manter um padrão de linguagem (entende-se aqui todo o conjunto de ações: verbais ou não-verbais) que seria veiculado a todos os lares e que minimizasse os custos de produção, de forma a se tornar o programa campeão de audiência (Id., p. 28), o que vai confirmando o raciocínio circular de replicação das formas e usos adotados pela emissora ao longo de sua existência. Como regra geral o jornalismo deveria “atender tanto o ‘interesse público’ como o ‘interesse do público’”, pois, tendo como proposta a participação em família, é “fundamental para que as pessoas tenham o que conversar”, que não apenas os atos e ações do governo, as leis, modificadores do cotidiano da população (Ibid., p. 289).

O que nos leva a refletir sobre o que Fiorin (2001, p. 44) coloca sobre a produção e organização do discurso pelo homem, que, considerada a dimensão de sua construção no meio social, está vinculada à reprodução daquilo que se aprende e apreende a partir de suas experiências no cotidiano marcado pelo elemento televisivo.

Dos Gráficos 6 a 11 pode-se extrair o perfil de participação dos alunos em atividades presentes no cotidiano e não menos necessárias para formação e educação da população. Isso porque atividades como cinema, teatro, shows e práticas esportivas conduzem o participante a integrar-se numa equipe/grupo e apontam para uma melhor convivência e interação social. Curiosamente, pouco aparecem nas respostas quanto à falta de equipamentos e serviços na comunidade o cinema e o teatro (apenas dois entrevistados mencionam esta falta, sendo um residente em Osasco e outro em Carapicuíba).  Isso talvez responda aos resultados apresentados abaixo, onde 44,4% não foram ao cinema nos últimos 30 dias que antecedem ao preenchimento do questionário, 76,7% ao teatro, 62,3% a shows, 59% a estádios/quadras/ginásios esportivos, 43% não participam de atividades físicas. A prática em assistir a vídeo cassete/DVD aparece em destaque, uma vez que apenas 9,3% não assistiram nesse mesmo período. Também podem ser observados os valores baixos, porém representativos, se considerarmos que os respondentes são alunos universitários, daqueles que, na vida, nunca participaram/freqüentaram cinema (1,1%), teatro (4,9%), show (4%), estádio – assistir a uma partida ao vivo – (7,7%), práticas esportivas (4,8%). Estes resultados se assemelham aos do INAF 2001, que apresenta percentuais que variam de 45% a 83% para aqueles que nunca participaram de atividades culturais  como ir a exposições, shows, museus, cinema e teatro (RIBEIRO, 2003, p. 259-60).

Estudo realizado com adolescentes em países hispânicos pela Organização Iberoamerica da Juventude – IOJ, em conjunto com a Comissão Econômica para a América Latina e Caribe - CEPAL, aponta para a pequena participação desta população em atividades culturais que não sejam em suas casa, como assistir à TV ou ouvir música. Em atividades externas, optam por práticas esportivas, sair para dançar ou ir ao cinema (CEPAL, 2004, p. 274-8).

Também vale salientar que, apesar de esforços da instituição na qual realizam seus cursos universitários, os alunos por variadas razões acabam não participando das atividades em sala ou fora dela que envolvem a apresentação de filmes, como acontece com o Cine Fieo de Arte mensalmente. Na ocasião do preenchimento dos questionários, 50% daqueles que responderam nunca ter ido ao cinema freqüentavam o primeiro semestre de seus cursos, a maior parte se autodenominou evangélico, a maior parte reportou residir em outra cidade que não Osasco. Ou seja, a distância, a falta de informação dentro da instituição, a falta de integração do aluno na comunidade universitária, ou mesmo a prática religiosa, o trabalho em fins de semana ou  ainda a prática de atividades na comunidade podem ser agravantes para a não participação desta modalidade cultural oferecida pela instituição de ensino.

 

 

Gráfico 6:    Distribuição dos questionários aplicados aos alunos segundo a freqüência ao cinema nos últimos 30 dias. Unifieo, Osasco, 2004

 

Gráfico 7:   Distribuição dos questionários aplicados aos alunos segundo a freqüência ao teatro nos últimos 30 dias. Unifieo, Osasco, 2004

 

Gráfico 8:   Distribuição dos questionários aplicados aos alunos segundo a freqüência a show nos últimos 30 dias. Unifieo, Osasco, 2004

 

Gráfico 9:   Distribuição dos questionários aplicados aos alunos segundo a freqüência a assistir a vídeo nos últimos 30 dias. Unifieo, Osasco, 2004

 

Gráfico 10: Distribuição dos questionários aplicados aos alunos segundo a freqüência a estádio/jogos nos últimos 30 dias. Unifieo, Osasco, 2004

Gráfico 11: Distribuição dos questionários aplicados aos alunos segundo prática de atividade física nos últimos 30 dias. Unifieo, Osasco, 2004


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Caso alguma informação não tenha sido clara ou contenha alguma incorreção,
 qualquer que seja, favor informar-me. Obrigado, Ricardo Góes

Data da última atualização: 23 out 2005