Distribuição dos Serviços por: Resultados da Pesquisa: |
VIOLÊNCIA: - Ricardo Fernandes Góes - Monografia apresentada como trabalho de conclusão para o Programa de Iniciação Científica do Centro Universitário da Fundação de Ensino para Osasco – PIBIC/UNIFIEO. Curso de Comunicação Social - Jornalismo Orientadora: Profª. Paula Cristina Veneroso Osasco - agosto de 2005
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A proposta de análise do material coletado, a princípio, visa a caracterização do perfil dos alunos de graduação do Unifieo, especialmente dos cursos realizados no campus Vila Iara.
Não foram pesquisados alunos de todos os cursos ministrados nesse campus, dada a inviabilidade de acesso aos mesmos, uma vez que, para a aplicação dos questionários, foram utilizados o espaço e o horário de aula, com a colaboração dos professores nos períodos da manhã, tarde e noite.
Dessa forma obtivemos o resultado da Tabela 1, quanto à distribuição dos questionários, por curso, para os alunos presentes na data de sua aplicação.
Tabela 1: Distribuição dos questionários aplicados aos alunos segundo curso freqüentado. Unifieo, Osasco, 2004
Curso |
N |
% |
Administração |
114 |
11,4 |
Biologia |
35 |
3,5 |
Comércio Exterior |
36 |
3,6 |
Design Digital |
100 |
10 |
Geografia |
84 |
8,4 |
História |
85 |
8,5 |
Jornalismo |
62 |
6,2 |
Letras |
168 |
16,7 |
Pedagogia |
88 |
8,8 |
Publicidade e Propaganda |
116 |
11,6 |
Secretariado Executivo |
74 |
7,4 |
Turismo |
41 |
4,1 |
Total |
1003 |
100 |
As Tabelas 2 e 3 indicam uma concentração de alunos no sexo feminino (70,5%) na faixa etária entre 17 e 25 anos (71,9%). O cálculo das média, moda e mediana, segundo as faixas etárias, permite encontrar os seguintes valores: 24 anos para a Média Aritmética Ponderada; 20,55 anos para a Moda (relacionada à classe de maior freqüência de dados); e 22,55 anos para a mediana (ponto central de uma série de valores). Dada a amplitude total de 35 anos para os dados agrupados, especialmente as classes distribuídas acima dos valores da média, na faixa entre 26 e 52, vale refletir sobre a necessidade e/ou exigência de mercado com relação à graduação em nível superior, que não impedem a existência de baixa escolaridade para uma grande porcentagem da população brasileira e os resultados alarmantes do Indicador Nacional de Alfabetismo Funcional - INAF no que diz respeito ao analfabetismo funcional. Ou seja, o fato de as pessoas freqüentarem os bancos escolares não significa, como é de se esperar, um aumento qualitativo do ensino. Como são apresentados os resultados do INAF (RIBEIRO, 2003, p. 230), daqueles que indicam ter completado o ensino superior, 4% do total de entrevistados são considerados como nível 1 e 18% em nível 2 de alfabetismo. Para se entender os critérios utilizados pela pesquisa realizada pelo Instituto Paulo Montenegro em 2001, Ribeiro descreve:
Os entrevistados que não responderam corretamente a nenhum ou a muito pouco (até dois) itens do texto – lembrando que alguns itens não exigiam decodificação das letras – seriam classificados na condição de analfabetismo. [...]
O nivel 1 de alfabetismo corresponde à capacidade de localizar informações explícitas em textos muito curtos, cuja configuração auxilia o reconhecimento do conteúdo solicitado. Por exemplo, identificar o título da revista utilizada na testagem ou, num anúncio, localizar a data em que se inicia uma campanha de vacinação ou a idade a partir da qual a vacina pode ser tomada gratuitamente.
O nivel 2 de alfabetismo corresponde àquelas pessoas que conseguem localizar informações em textos curtos. Por exemplo, numa carta reclamando de um defeito numa geladeira comprada, identificam qual o defeito apresentado pela geladeira. Conseguem também localizar informações em textos de extensão média, mesmo que a informação não apareça na mesma forma literal em que é mencionada na pergunta. Um exemplo é o item relativo à notícia sobre deslizamento de terra. A notícia informa o nome das pessoas que morreram e na tarefa solicita-se que o leitor diga quantas pessoas morreram.
O nivel 3 de alfabetismo corresponde à capacidade de ler textos mais longos, podendo orientar-se por subtítulos, localizar mais de uma informação, de acordo com condições estabelecidas. As pessoas classificadas nesse nível mostram-se capazes de relacionar partes do texto, comparar dois textos, realizar inferências e sínteses (2003, p. 15-9).
Tabela 2: Distribuição dos questionários aplicados aos alunos segundo sexo. Unifieo, Osasco, 2004
Sexo |
N |
% |
Feminino |
707 |
70,5 |
Masculino |
292 |
29,1 |
Não respondeu |
4 |
0,4 |
Total |
1003 |
100 |
Tabela 3: Distribuição dos questionários aplicados aos alunos segundo faixa etária. Unifieo, Osasco, 2004
Faixa Etária |
N |
% |
|
17 – 19 |
268 |
26,7 |
|
20 – 22 |
301 |
30 |
|
23 – 25 |
153 |
15,2 |
|
26 – 28 |
87 |
8,7 |
|
29 – 31 |
61 |
6,1 |
|
32 – 34 |
41 |
4,1 |
|
35 – 37 |
28 |
2,8 |
|
38 – 40 |
24 |
2,4 |
|
41 – 43 |
14 |
1,4 |
|
44 – 46 |
7 |
0,7 |
|
47 – 49 |
5 |
0,5 |
|
50 – 52 |
3 |
0,3 |
|
Não respondeu |
11 |
1,1 |
|
Total |
1003 |
100 |
|
Com relação à prática religiosa, apesar da variedade encontrada, percebe-se na Tabela 4 a representação da maioria na categoria católico (51,3%), seguida pela categoria evangélico (25,9%).
Tabela 4: Distribuição dos questionários aplicados aos alunos segundo religião e/ou culto praticado. Unifieo, Osasco, 2004
Região e/ou culto praticado |
N |
% |
Agnóstico |
4 |
0,4 |
Ateísmo |
18 |
1,8 |
Budista |
9 |
0,9 |
Católico |
515 |
51,3 |
Espírita |
64 |
6,4 |
Evangélico |
260 |
25,9 |
Judaísmo |
4 |
0,4 |
Mórmons |
3 |
0,3 |
Testemunha de Jeová |
7 |
0,7 |
Umbanda |
5 |
0,5 |
Outras |
38 |
3,8 |
Mais de uma alternativa |
12 |
1,2 |
Não respondeu |
28 |
2,8 |
Sem informação |
36 |
3,6 |
Total |
1003 |
100 |
Com relação à cor de pele, foram utilizadas as mesmas categorias adotadas pelo questionário do Censo 2000 (IBGE, 2001), porém com a opção “outra” de forma a minimizar a polêmica, a mesma que ocorre na aplicação do Censo, mistura de cor de pele e raça nas categorias e não utilização da categoria “negro”. Para fins de tabulação dos dados, a pesquisa não considerou na categoria “preto” as respostas dadas como “negro”, que é contemplada em “outra”. Vale ressaltar que tem sido consenso o uso das categorias do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE adotadas pelos órgãos de pesquisa nacionais.
O Gráfico 1 indica a presença de uma maioria de alunos que se considera da cor/raça branca (65,6%), seguida da cor/raça parda (20,5%).
Gráfico 1: Distribuição dos questionários aplicados aos alunos segundo cor/raça. Unifieo, Osasco, 2004
Na Tabela 5, observa-se que a maior parte dos alunos que participaram da pesquisa é residente em Osasco (51,9%), seguida pelos alunos residentes em São Paulo (15,1%) e Carapicuíba (13,6%), o que justifica um investimento na região de forma a suprir a necessidade da comunidade universitária.
Tabela 5: Distribuição dos questionários aplicados aos alunos segundo o município de residência. Unifieo, Osasco, 2004
Município de Residência |
N |
% |
Barueri |
63 |
6,3 |
Carapicuíba |
137 |
13,6 |
Cotia |
20 |
2 |
Itapevi |
24 |
2,4 |
Jandira |
34 |
3,4 |
Osasco |
521 |
51,9 |
Santana de Parnaíba |
16 |
1,6 |
São Paulo |
151 |
15,1 |
Taboão da Serra |
20 |
2 |
Outros |
10 |
1 |
Não respondeu |
7 |
0,7 |
Total |
1003 |
100 |
No que diz respeito ao local de nascimento da população pesquisada, pode-se afirmar uma maioria do Estado de São Paulo (87,6%), conforme indica a Tabela 6. Desse percentual, na Tabela 7, percebe-se que 43,6% são originários de Osasco e 41,2% do município de São Paulo, o que indica uma população universitária localizada, predominantemente, no entorno do Centro Universitário onde se realizou a pesquisa. O aparecimento de outros Estados, predominantemente da região nordeste do país, reforça o que se encontra na literatura referente à migração para a Grande São Paulo.
Tabela 6: Distribuição dos questionários aplicados aos alunos segundo o Estado (UF) de nascimento. Unifieo, Osasco, 2004
Estado (UF) de nascimento |
N |
% |
Alagoas |
4 |
0,4 |
Bahia |
13 |
1,3 |
Maranhão |
4 |
0,4 |
Minas Gerais |
20 |
2 |
Paraíba |
4 |
0,4 |
Paraná |
20 |
2 |
Pernambuco |
8 |
0,8 |
Rio de Janeiro |
8 |
0,8 |
São Paulo |
879 |
87,6 |
Outros |
18 |
1,8 |
Não respondeu |
8 |
0,8 |
Sem informação |
17 |
1,7 |
Total |
1003 |
100 |
Tabela 7: Distribuição dos questionários aplicados aos alunos segundo o município de residência daqueles nascidos no Estado de São Paulo. Unifieo, Osasco, 2004
Município de Nascimento |
N |
% |
Barueri |
8 |
0,9 |
Carapicuíba |
46 |
5,2 |
Osasco |
380 |
43,2 |
Santana de Parnaíba |
5 |
0,6 |
São Caetano do Sul |
4 |
0,5 |
São Paulo |
367 |
41,8 |
Outros |
69 |
7,8 |
Total |
879 |
100 |
Diferentemente do que aponta a literatura local sobre a cidade (COELHO, 2001; OLIVEIRA & NEGRELLI, 1992; SANAZAR, 1998), no que diz respeito à nacionalidade da população de Osasco, a maior parte dos alunos (56,3%) revela não ter parentes estrangeiros em primeiro grau (Tabela 8). Isso também revela que as novas gerações já não estão tão próximas das tradições e costumes de seus pais, avós e bisavós, como acontecia no passado, de forma a se manter uma cultura mais local e nacional, conforme indicaram as tabelas anteriores.
Tabela 8: Distribuição dos questionários aplicados aos alunos segundo a nacionalidade de pais, avós e bisavós. Unifieo, Osasco, 2004
Origem da Família |
N |
% |
Pais, Avós e Bisavós estrangeiros |
406 |
40,5 |
Pais, Avós e Bisavós não estrangeiros |
565 |
56,3 |
Não respondeu |
32 |
3,2 |
Total |
1003 |
100 |
As Tabelas 9 e 10 indicam uma maioria freqüentadora de bancos escolares públicos, tanto na formação em Ensino Fundamental quanto em Ensino Médio, respectivamente com 78,4% e 73,3%. Isso reforça a idéia de que os cursos universitários de instituições privadas são ministrados para aqueles que têm sua origem educacional nas escolas públicas, enquanto os cursos públicos para formação em ensino superior são freqüentados por aqueles que tiveram melhores oportunidades na formação fundamental e média. Agrega-se a isso o resultado apresentado na Tabela 11, que indica a necessidade da realização de atividades remuneradas pelos alunos, seja para sua própria manutenção, seja como complemento no orçamento familiar. Do total, apenas 6,5% demonstram nunca ter realizado atividade remunerada e 0,8% não respondeu. Ou seja, mais de 90% dos alunos matriculados nos curso investigados ou trabalham formalmente, ou informalmente, ou buscam por uma recolocação no mercado formal ou informal. De toda forma, isso não significa que os valores recebidos em suas atividades sejam suficientes para a manutenção das despesas com habitação, transporte, alimentação e estudos, uma vez que é grande a procura por redução de custos, nas Instituições de Ensino privadas, seja por meio da ‘conquista’ de bolsa de estudos ou comprovação para financiamento educacional.
Tabela 9: Distribuição dos questionários aplicados aos alunos segundo o tipo de instituição freqüentada durante o Ensino Fundamental. Unifieo, Osasco, 2004
Tipo de Instituição |
N |
% |
Privada |
208 |
20,7 |
Público |
786 |
78,4 |
Pública e Privada |
7 |
0,7 |
Não respondeu |
2 |
0,2 |
Total |
1003 |
100 |
Tabela 10: Distribuição dos questionários aplicados aos alunos segundo o tipo de instituição freqüentada durante o Ensino Médio. Unifieo, Osasco, 2004
Tipo de Instituição |
N |
% |
Privada |
253 |
25,2 |
Público |
735 |
73,3 |
Pública e Privada |
3 |
0,3 |
Não respondeu |
12 |
1,2 |
Total |
1003 |
100 |
Tabela 11: Distribuição dos questionários aplicados aos alunos segundo a realização de atividade remunerada. Unifieo, Osasco, 2004
Atividade Remunerada Desenvolvida |
N |
% |
Trabalha (com registro) |
681 |
67,9 |
Está desempregada |
196 |
19,5 |
Faz bico |
53 |
5,3 |
Nunca trabalhou |
65 |
6,5 |
Não respondeu |
8 |
0,8 |
Total |
1003 |
100 |
A Tabela 12 representa o volume de internautas dentre os alunos matriculados nos cursos no Unifieo. Totalizando 86,9% de freqüentes usuários, quanto ao local em que se utiliza esta ferramenta, pode-se apurar que a maior parte faz uso exclusivamente em casa (44,1%), no trabalho (23,9%), em casa e no trabalho (11,1%) e em outros locais, como por exemplo, nos laboratórios de informática da instituição (7,8%). A pergunta foi formulada de forma a considerar o período de um mês. Com isso, obteve-se o valor de 6,2% que não acessaram internet nos últimos 30 dias e 5,5% revelaram que nunca acessaram a internet. Apenas 1,4% não respondeu à questão.
Dado o volume de usuários, poder-se-ia investigar quais os objetivos para a navegação, como por exemplo se o uso destina-se apenas para bate-papo e envio/recepção de mensagens eletrônicas, ou para jogos on-line, ou para pesquisas diversas relacionadas ao curso, ou para leitura de periódicos eletrônicos, entre outras possibilidades, o que não foi o objetivo desta pesquisa, pois se procurou apurar o uso e o possível padrão de respostas associadas a este meio.
Tabela 12: Distribuição dos questionários aplicados aos alunos segundo o uso de internet. Unifieo, Osasco, 2004
Local onde utiliza internet |
N |
% |
Em casa |
442 |
44,1 |
Em casa e no trabalho |
111 |
11,1 |
No trabalho |
240 |
23,9 |
Outros locais |
78 |
7,8 |
Não acessa |
62 |
6,2 |
Não respondeu |
14 |
1,4 |
Nunca acessou |
56 |
5,5 |
Total |
1003 |
100 |
No Gráfico 2, pode-se observar que, com relação à participação dos alunos nas comunidades em que vivem, a maioria não mantém uma atividade (74,3%). Vale ressaltar que não houve considerações por parte dos respondentes de participação em “comunidades virtuais”, apesar de muitos utilizarem a internet como suporte eletrônico de comunicação, seja para recepção ou transmissão de informações conforme vimos acima.
A integração de poucos junto a sua comunidade (17,3%) não impede a percepção da falta de serviços na mesma, quando, no Gráfico 3, temos a afirmação de 49% quanto à ausência de serviços e 29,4% quanto à existência de serviços em modalidades e quantidades suficientes para o atendimento da população. Chama a atenção o fato de 17,5% não responderem à questão, pois indica uma certa indiferença no que diz respeito aos recursos existentes e necessidade da população em geral.
Uma observação, quanto à indicação de insuficiência de equipamentos na comunidade, como nas áreas de segurança (15%), lazer (13,9%), saúde (13,6%), entre outros tipos de assistência necessários à população, é a de que muitas das respostas (67,1%) advêm de alunos que respondem não participar de atividades na comunidade. Aqueles que participam mais ativamente da comunidade têm a percepção de que faltam mais equipamentos de saúde (14%). Vale lembrar que apenas 417 entrevistados (41,6% do total) responderam a esta questão, conforme mostra a Tabela 13.
Gráfico 2: Distribuição dos questionários aplicados aos alunos segundo a participação de atividades na comunidade. Unifieo, Osasco, 2004
Gráfico 3: Distribuição dos questionários aplicados aos alunos segundo a percepção da falta de serviços na comunidade. Unifieo, Osasco, 2004
Tabela 13: Distribuição dos questionários aplicados aos alunos segundo o tipo de serviço apontado como falta e a participação do entrevistado em atividades na comunidade. Unifieo, Osasco, 2004
Tipo de Serviço que falta na comunidade |
Participação do Aluno em atividades na comunidade |
|||||||
Não |
Não responde |
sim |
Total geral |
|||||
n |
% |
n |
% |
n |
% |
N |
% |
|
Alfabetização |
1 |
0,4 |
- |
- |
2 |
1,8 |
3 |
0,7 |
Alfabetização adultos |
- |
- |
- |
- |
1 |
0,9 |
1 |
0,2 |
Assist animais |
1 |
0,4 |
- |
- |
1 |
0,9 |
2 |
0,5 |
Assist carente |
4 |
1,4 |
- |
- |
4 |
3,5 |
8 |
1,9 |
Assist criança |
4 |
1,4 |
- |
- |
3 |
2,6 |
7 |
1,7 |
Assist dependentes químicos |
1 |
0,4 |
- |
- |
1 |
0,9 |
2 |
0,5 |
Assist família |
- |
- |
1 |
4,3 |
- |
- |
1 |
0,2 |
Assist idosos |
2 |
0,7 |
- |
- |
1 |
0,9 |
3 |
0,7 |
Assist jovens |
2 |
0,7 |
- |
- |
- |
- |
2 |
0,5 |
Assist necessidades especiais |
2 |
0,7 |
- |
- |
- |
- |
2 |
0,5 |
Assist população carente |
5 |
1,8 |
- |
- |
2 |
1,8 |
7 |
1,7 |
Assist universitária |
1 |
0,4 |
1 |
4,3 |
- |
- |
2 |
0,5 |
Associação moradores |
5 |
1,8 |
- |
- |
1 |
0,9 |
6 |
1,4 |
Biblioteca |
1 |
0,4 |
- |
- |
1 |
0,9 |
2 |
0,5 |
Cinema |
1 |
0,4 |
- |
- |
- |
- |
1 |
0,2 |
Comércio |
2 |
0,7 |
- |
- |
- |
- |
2 |
0,5 |
Creche |
2 |
0,7 |
- |
- |
2 |
1,8 |
4 |
1 |
Cultura |
15 |
5,4 |
- |
- |
6 |
5,3 |
21 |
5 |
Educação |
3 |
1,1 |
5 |
21,7 |
3 |
2,6 |
11 |
2,6 |
Educação ambiental |
10 |
3,6 |
2 |
8,7 |
6 |
5,3 |
18 |
4,3 |
Educação infantil |
2 |
0,7 |
1 |
4,3 |
- |
- |
3 |
0,7 |
Educação jovens |
2 |
0,7 |
- |
- |
- |
- |
2 |
0,5 |
Educação profissionalizante |
1 |
0,4 |
- |
- |
3 |
2,6 |
4 |
1 |
Educação religiosa |
- |
- |
- |
- |
1 |
0,9 |
1 |
0,2 |
Emprego |
2 |
0,7 |
- |
- |
3 |
2,6 |
5 |
1,2 |
Esporte |
19 |
6,8 |
- |
- |
5 |
4,4 |
24 |
5,8 |
Grupo teatral |
1 |
0,4 |
- |
- |
- |
- |
1 |
0,2 |
Iluminação |
- |
- |
- |
- |
2 |
1,8 |
2 |
0,5 |
Jurídico |
- |
- |
1 |
4,3 |
1 |
0,9 |
2 |
0,5 |
Lazer |
39 |
13,9 |
2 |
8,7 |
9 |
7,9 |
50 |
12 |
Limpeza |
3 |
1,1 |
1 |
4,3 |
1 |
0,9 |
5 |
1,2 |
Pavimentação |
1 |
0,4 |
- |
- |
- |
- |
1 |
0,2 |
Saneamento |
7 |
2,5 |
2 |
8,7 |
8 |
7 |
17 |
4,1 |
Saúde |
38 |
13,6 |
4 |
17,4 |
16 |
14 |
58 |
13,9 |
Segurança |
42 |
15 |
1 |
4,3 |
5 |
4,4 |
48 |
11,5 |
Serviço social |
8 |
2,9 |
- |
- |
5 |
4,4 |
13 |
3,1 |
Teatro |
1 |
0,4 |
- |
- |
- |
- |
1 |
0,2 |
Transporte |
8 |
2,9 |
- |
- |
2 |
1,8 |
10 |
2,4 |
Voluntariado |
- |
- |
- |
- |
1 |
0,9 |
1 |
0,2 |
S/inf |
44 |
15,7 |
2 |
8,7 |
18 |
15,8 |
64 |
15,3 |
Total geral |
280 |
100 |
23 |
100 |
114 |
100 |
417 |
100 |
|
|
67,1 |
|
5,5 |
|
27,3 |
|
100 |
Daqueles que indicam, na Tabela 14, uma definição para violência (96,7%); 29,4% reportam a origem desta para a atitude das pessoas ou do grupo a que pertencem; 26,1% para a construção social; 15,6% como um mal generalizado; 12,6% ao indivíduo; e 10,7% relacionam à cultura. (Gráfico 4)
Tabela 14: Distribuição dos questionários aplicados aos alunos segundo resposta dada para definição de violência. Unifieo, Osasco, 2004
Definição dada para violência |
N |
% |
Respondeu |
970 |
96,7 |
Não respondeu |
33 |
3,3 |
Total |
1003 |
100 |
Gráfico 4: Distribuição dos questionários aplicados aos alunos segundo classificação de violência. Unifieo, Osasco, 2004
Na Tabela 15, observa-se a indicação de 30% das respostas dos entrevistados que prevêem a necessidade de equipamentos na comunidade para a definição de violência como atitude, porém 60% desses não interagem em atividades na própria comunidade. Quando avaliada a resposta pelo total de entrevistados que participam ou não de atividades na comunidade, a atitude como violência fica em torno de 26,8% das respostas daqueles que não participam e 34,2% daqueles que participam.
Para aqueles que participam de alguma atividade na comunidade, a proporção de respostas, com relação ao total do grupo ou à sua definição de violência, não sofre grande variação.
Tabela 15: Distribuição dos questionários aplicados aos alunos com resposta positiva para falta de serviços na comunidade, segundo classificação de violência e sua participação na comunidade. Unifieo, Osasco, 2004
Classificação de violência |
Participação em Atividades na Comunidade |
|||||||
n |
nr |
s |
Total geral |
|||||
n |
% |
n |
% |
n |
% |
n |
% |
|
Atitude |
75 |
26,8 |
11 |
47,8 |
39 |
34,2 |
125 |
30 |
Cultura |
27 |
9,6 |
|
- |
10 |
8,8 |
37 |
8,9 |
Família |
3 |
1,1 |
|
- |
5 |
4,4 |
8 |
1,9 |
Indivíduo |
35 |
12,5 |
5 |
21,7 |
12 |
10,5 |
52 |
12,5 |
Mal |
39 |
13,9 |
1 |
4,3 |
11 |
9,6 |
51 |
12,2 |
Religião |
13 |
4,6 |
|
- |
3 |
2,6 |
16 |
3,8 |
Sociedade - exclusão |
23 |
8,2 |
1 |
4,3 |
10 |
8,8 |
34 |
8,2 |
Sociedade - global |
10 |
3,6 |
1 |
4,3 |
4 |
3,5 |
15 |
3,6 |
Sociedade - privação |
5 |
1,8 |
|
- |
2 |
1,8 |
7 |
1,7 |
Sociedade - geral |
43 |
15,4 |
4 |
17,4 |
13 |
11,4 |
60 |
14,4 |
Não responde |
7 |
2,5 |
|
- |
5 |
4,4 |
12 |
2,9 |
Total geral |
280 |
100 |
23 |
100 |
114 |
100 |
417 |
100 |
A partir do cruzamento das variáveis “classificação da violência” e “sexo” do entrevistado (Tabela 16), percebe-se que a predominância das respostas incide na atitude, independentemente do sexo do entrevistado, com 4 pontos percentuais de diferença entre as respostas dadas pelos homens e pelas mulheres, respectivamente com 31,2% e 27,2%.
Seguem as classificações de violência como mal (15,8% e 15%), sociedade (12,3% e 13%), indivíduo (12,3% e 12%) e cultura (8,9% e 11%). Se agruparmos outros três itens relativos à sociedade, como a exclusão social, a globalização e a privação, obteremos um índice maior na distribuição entre os sexos (23,3% e 25,8%), mas que ainda assim não supera o valor alcançado por atitude.
Ao interpretar atitude para definição de violência, pode-se inferir que se trata de algo possível de ser extinto, pois nem toda reação precisa ser, necessariamente, nos mesmos moldes da ação. Ou seja, o ato de ofender alguém não implica numa resposta da mesma forma ofensiva. Para isso temos o ditado de que “uma ação não justifica a outra”.
Porém, quando se observam as práticas educativas, especialmente as de âmbito familiar, nota-se que muitos adultos oferecem o discurso do “olho por olho, dente por dente”, ou seja, o revide como resposta às intercorrências experimentadas pelas crianças, assim como por outros adultos de seu convívio (MICHAUD, 1989, p. 63-6; SAFFIOTI, 1989, p. 20; 1997, p. 51; BUORO et al., 1999, p. 31-5). Dessa forma, encontra-se um contraste com relação às formas de discurso e sua prática, dentro e fora de casa, pois existe, de um lado, a teoria do “politicamente correto” adotada em ambientações mais públicas e derivada do discurso midiático e legal, e do outro, a realidade e realização das ações dos indivíduos na sociedade, dentre e fora de seus lares.
De toda forma, não podemos desprezar que as ações sejam tanto individuais quanto coletivas, podendo sociedade também ser entendida como esse coletivo. Com isso, no montante, teríamos 66,8% das respostas dadas pelos homens e 65% pelas mulheres.
Tabela 16: Distribuição dos questionários aplicados aos alunos segundo classificação de violência e o sexo do entrevistado. Unifieo, Osasco, 2004
Classificação de violência |
Sexo |
|||||||
Feminino |
Masculino |
Não Responde |
Total Geral |
|||||
n |
% |
n |
% |
n |
% |
n |
% |
|
Atitude |
192 |
27,2 |
91 |
31,2 |
1 |
25 |
284 |
28,3 |
Cultura |
78 |
11 |
26 |
8,9 |
- |
- |
104 |
10,4 |
Família |
7 |
1 |
5 |
1,7 |
- |
- |
12 |
1,2 |
Indivíduo |
85 |
12 |
36 |
12,3 |
1 |
25 |
122 |
12,2 |
Mal |
106 |
15 |
46 |
15,8 |
- |
- |
152 |
15,2 |
Religião |
30 |
4,2 |
11 |
3,8 |
- |
- |
41 |
4,1 |
Sociedade exclusão |
53 |
7,5 |
19 |
6,5 |
- |
- |
72 |
7,2 |
Sociedade global |
25 |
3,5 |
9 |
3,1 |
- |
- |
34 |
3,4 |
Sociedade privação |
13 |
1,8 |
4 |
1,4 |
1 |
25 |
18 |
1,8 |
Sociedade sociedade |
92 |
13 |
36 |
12,3 |
1 |
25 |
129 |
12,9 |
Não responde |
26 |
3,7 |
9 |
3,1 |
- |
- |
35 |
3,5 |
Total geral |
707 |
100 |
292 |
100 |
4 |
100 |
1003 |
100 |
Com relação aos hábitos do entrevistados quanto ao consumo de produção televisiva, pode-se verificar que 82,8% deles consomem e têm preferência por um ou mais programas (Gráfico 5). Dentre as programações preferenciais dos entrevistados, destacam-se a jornalística (37,3%) e a de entrevistas (12,2%). Em terceira posição surgem os filmes (6,5%) e em quarta as novelas (5,4%) (Tabela 17). Para esta tabulação foi considerada apenas a primeira alternativa, caso tenha sido apresentada mais de uma opção como preferência.
Gráfico 5: Distribuição dos questionários aplicados aos alunos segundo o uso de aparelho de televisão. Unifieo, Osasco, 2004
Tabela 17: Distribuição dos questionários aplicados aos alunos segundo classificação dos programas preferidos (1ª opção de resposta). Unifieo, Osasco, 2004
Tipo de Programação Preferida |
N |
% |
Animação |
14 |
1,7 |
Debate |
18 |
2,2 |
Documentários |
29 |
3,5 |
Educativos |
6 |
0,7 |
Entretenimento |
23 |
2,8 |
Entrevistas |
101 |
12,2 |
Esportes |
20 |
2,4 |
Filmes |
54 |
6,5 |
Humorísticos |
50 |
6 |
Jornalísticos |
310 |
37,3 |
Jornalísticos Esportivos |
17 |
2,1 |
Musicais |
40 |
4,8 |
Novelas |
45 |
5,4 |
Programas de Auditório |
16 |
1,9 |
Religiosos |
4 |
0,5 |
Seriados |
27 |
3,2 |
Variedades |
12 |
1,4 |
Outros |
45 |
5,4 |
Total |
831 |
100 |
Quando relacionadas as respostas dadas para violência, de acordo com a classificação acima apresentada, aos programas televisivos preferenciais e à necessidade de serviços na comunidade, observa-se a predominância da programação jornalística associada a todas as classificações de violência, destacando-se a atitude com 28,3%, o mal com 15,2%, a sociedade com 12,9%, o indivíduo com 12,2% e a cultura com 10,4%. Estes resultados, associados à falta de serviços na comunidade, se dão da seguinte forma: atitude X jornalismo, 26,6% não percebem a necessidade de serviços na comunidade enquanto 27,2% percebem; mal X jornalismo, 25,5% e 39,2%; sociedade X jornalismo, 27,8% e 36,7%; indivíduo X jornalismo, 28,9% e 28,8%; e cultura X jornalismo, 32,4% e 24,3% (Quadro 1). Disso, pode-se considerar que 29,7% dos entrevistados, em média, independentemente de ter a percepção ou não da ausência de serviços de atenção à comunidade, têm sua produção de conceitos adestrados a partir do que se vê nas mídias, uma vez que estas entram “no ritual de transmitir verdade e com isso enfeitiçar a inteligência dos receptores” (MARCONDES FILHO, 1988, p. 38). A televisão passa a exercer a função de catalisador do pensamento e formas de agir, uma vez que seu discurso é muito menos de proposição educativa e muito mais de adequação às formas de linguagem de quem a assiste a partir de um mecanismo de sedução como se observa nas peças publicitárias. (REZENDE, 2000, p. 31-7)
Quadro 1: Distribuição dos questionários aplicados aos alunos segundo classificação de violência, programas de TV e necessidade de serviços na comunidade. Unifieo, Osasco, 2004
Programas de Televisão |
Necessidade de Serviços na comunidade |
|||||||||
Não |
Não resp. |
Não sabe |
Sim |
Total |
||||||
n |
% |
n |
% |
N |
% |
n |
% |
n |
% |
|
Violência relacionada à Atitude
Total |
94 |
29,9 |
51 |
28,2 |
14 |
15,4 |
125 |
30 |
284 |
28,3 |
Jornalismo |
25 |
26,6 |
21 |
41,2 |
5 |
35,7 |
34 |
27,2 |
85 |
29,9 |
Entrevista |
11 |
11,7 |
2 |
3,9 |
2 |
14,3 |
14 |
11,2 |
29 |
10,2 |
Humorístico |
10 |
10,6 |
4 |
7,8 |
1 |
7,1 |
4 |
3,2 |
19 |
6,7 |
Filme |
2 |
2,1 |
6 |
11,8 |
1 |
7,1 |
6 |
4,8 |
15 |
5,3 |
Novela |
1 |
1,1 |
- |
- |
- |
- |
5 |
4 |
6 |
2,1 |
Não assiste tv |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
2 |
1,6 |
2 |
0,7 |
Violência relacionada à Cultura
Total |
37 |
11,8 |
21 |
11,6 |
9 |
9,9 |
37 |
8,9 |
104 |
10,4 |
Jornalismo |
12 |
32,4 |
6 |
28,6 |
1 |
11,1 |
9 |
24,3 |
28 |
26,9 |
Entrevista |
6 |
16,2 |
3 |
14,3 |
2 |
22,2 |
4 |
10,8 |
15 |
14,4 |
Humorístico |
2 |
5,4 |
2 |
9,5 |
1 |
11,1 |
1 |
2,7 |
6 |
5,8 |
Novela |
1 |
2,7 |
1 |
4,8 |
2 |
22,2 |
2 |
5,4 |
6 |
5,8 |
Filme |
1 |
2,7 |
- |
- |
- |
- |
4 |
10,8 |
5 |
4,8 |
Não assiste tv |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
1 |
2,7 |
1 |
1 |
Violência relacionada à Família
Total |
1 |
0,3 |
3 |
1,7 |
- |
- |
8 |
1,9 |
12 |
1,2 |
Jornalismo |
1 |
100 |
1 |
33,3 |
- |
- |
4 |
50 |
6 |
50 |
Não assiste tv |
- |
- |
1 |
33,3 |
- |
- |
- |
- |
1 |
8,3 |
Violência relacionada ao Indivíduo
Total |
38 |
12,1 |
16 |
8,8 |
16 |
17,6 |
52 |
12,5 |
122 |
12,2 |
Jornalismo |
11 |
28,9 |
1 |
6,3 |
3 |
18,8 |
15 |
28,8 |
30 |
24,6 |
Entrevista |
6 |
15,8 |
1 |
6,3 |
3 |
18,8 |
4 |
7,7 |
14 |
11,5 |
Filme |
3 |
7,9 |
3 |
18,8 |
1 |
6,3 |
1 |
1,9 |
8 |
6,6 |
Novela |
2 |
5,3 |
1 |
6,3 |
2 |
12,5 |
2 |
3,8 |
7 |
5,7 |
Humorístico |
1 |
2,6 |
1 |
6,3 |
- |
- |
2 |
3,8 |
4 |
3,3 |
Não assiste tv |
2 |
5,3 |
- |
- |
1 |
6,3 |
1 |
1,9 |
4 |
3,3 |
Violência relacionada ao Mal
Total |
47 |
15,0 |
34 |
18,8 |
20 |
22,0 |
51 |
12,2 |
152 |
15,2 |
Jornalismo |
12 |
25,5 |
12 |
35,3 |
7 |
35 |
20 |
39,2 |
51 |
33,6 |
Entrevista |
5 |
10,6 |
2 |
5,9 |
2 |
10 |
3 |
5,9 |
12 |
7,9 |
Filme |
6 |
12,8 |
- |
- |
1 |
5 |
5 |
9,8 |
12 |
7,9 |
Novela |
4 |
8,5 |
2 |
5,9 |
1 |
5 |
4 |
7,8 |
11 |
7,2 |
Humorístico |
3 |
6,4 |
1 |
2,9 |
3 |
15 |
2 |
3,9 |
9 |
5,9 |
Não assiste tv |
- |
- |
1 |
2,9 |
- |
- |
- |
- |
1 |
0,7 |
Violência relacionada à Religião
Total |
16 |
5,1 |
6 |
3,3 |
3 |
3,3 |
16 |
3,8 |
41 |
4,1 |
Jornalismo |
6 |
37,5 |
1 |
16,7 |
1 |
33,3 |
5 |
31,3 |
13 |
31,7 |
Entrevista |
3 |
18,8 |
- |
- |
- |
- |
3 |
18,8 |
6 |
14,6 |
Filme |
1 |
6,3 |
3 |
50 |
- |
- |
- |
- |
4 |
9,8 |
Novela |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
3 |
18,8 |
3 |
7,3 |
Não assiste tv |
1 |
6,3 |
- |
- |
- |
- |
1 |
6,3 |
2 |
4,9 |
Violência relacionada à Sociedade – Exclusão
Total |
18 |
5,7 |
8 |
4,4 |
12 |
13,2 |
34 |
8,2 |
72 |
7,2 |
Jornalismo |
5 |
27,8 |
4 |
50 |
3 |
25 |
13 |
38,2 |
25 |
34,7 |
Entrevista |
- |
- |
- |
- |
2 |
16,7 |
3 |
8,8 |
5 |
6,9 |
Filme |
1 |
5,6 |
1 |
12,5 |
- |
- |
1 |
2,9 |
3 |
4,2 |
Novela |
1 |
5,6 |
1 |
12,5 |
- |
- |
1 |
2,9 |
3 |
4,2 |
Humorístico |
1 |
5,6 |
- |
- |
- |
- |
1 |
2,9 |
2 |
2,8 |
Violência relacionada à Sociedade – Mundial
Total |
12 |
3,8 |
3 |
1,7 |
4 |
4,4 |
15 |
3,6 |
34 |
3,4 |
Jornalismo |
3 |
25 |
1 |
33,3 |
2 |
50 |
6 |
40 |
12 |
35,3 |
Humorístico |
2 |
16,7 |
- |
- |
- |
- |
2 |
13,3 |
4 |
11,8 |
Entrevista |
2 |
16,7 |
- |
- |
- |
- |
1 |
6,7 |
3 |
8,8 |
Novela |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
2 |
13,3 |
2 |
5,9 |
Filme |
- |
- |
- |
- |
1 |
25,0 |
- |
- |
1 |
2,9 |
Não assiste tv |
1 |
8,3 |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
1 |
2,9 |
Violência relacionada à Sociedade – Privação
Total |
6 |
1,9 |
4 |
2,2 |
1 |
1,1 |
7 |
1,7 |
18 |
1,8 |
Jornalismo |
3 |
50 |
2 |
50 |
1 |
100 |
4 |
57,1 |
10 |
55,6 |
Entrevista |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
2 |
28,6 |
2 |
11,1 |
Filme |
- |
- |
1 |
25 |
- |
- |
- |
- |
1 |
5,6 |
Novela |
1 |
16,7 |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
1 |
5,6 |
Violência relacionada à Sociedade – Geral
Total |
36 |
11,5 |
24 |
13,3 |
9 |
9,9 |
60 |
14,4 |
129 |
12,9 |
Jornalismo |
10 |
27,8 |
9 |
37,5 |
2 |
22,2 |
22 |
36,7 |
43 |
33,3 |
Entrevista |
2 |
5,6 |
2 |
8,3 |
1 |
11,1 |
8 |
13,3 |
13 |
10,1 |
Não assiste tv |
1 |
2,8 |
2 |
8,3 |
1 |
11,1 |
1 |
1,7 |
5 |
3,9 |
Filme |
1 |
2,8 |
- |
- |
- |
- |
3 |
5 |
4 |
3,1 |
Humorístico |
- |
- |
1 |
4,2 |
2 |
22,2 |
1 |
1,7 |
4 |
3,1 |
Novela |
2 |
5,6 |
2 |
8,3 |
- |
- |
- |
- |
4 |
3,1 |
Não respondem à questão sobre violência
Total |
9 |
2,9 |
11 |
6,1 |
3 |
3,3 |
12 |
2,9 |
35 |
3,5 |
Jornalismo |
2 |
22,2 |
1 |
9,1 |
- |
- |
4 |
33,3 |
7 |
20 |
Entrevista |
- |
- |
2 |
18,2 |
- |
- |
- |
- |
2 |
5,7 |
Humorístico |
- |
- |
1 |
9,1 |
- |
- |
1 |
8,3 |
2 |
5,7 |
Novela |
- |
- |
- |
- |
1 |
33,3 |
1 |
8,3 |
2 |
5,7 |
Filme |
- |
- |
1 |
9,1 |
- |
- |
- |
- |
1 |
2,9 |
Não assiste tv |
- |
- |
1 |
9,1 |
- |
- |
- |
- |
1 |
2,9 |
No que se refere ao discurso apresentado pelas mídias, Dino Preti, ao apresentar o trabalho de Dias (1996), cujo título é “O discurso da violência”, coloca:
Se é certo que rádio, televisão e jornal devem cumprir seu papel informativo, revelando para seu público esses acontecimentos, seria possível questionar a forma como o fazem e as reais intenções que presidem a apresentação do noticiário violento, às vezes, mais eloqüente nos pormenores do que nos próprios fatos em si ( p. 11).
A pesquisa realizada por Dias enfoca o discurso utilizado pelo jornal Notícias Populares, longe de qualquer preconceito em relação ao tipo de registro lingüístico, entre outros recursos, a fim de “alcançar uma forma imediata de comunicação com o povo, próxima da interação falada”, uma vez que
vocábulos e estruturas lingüísticas ligados às classes populares se incorporaram ao uso, introduziram-se na mídia, participando de veículos de comunicação, como o rádio, a TV e a imprensa (1996, p. 15-7).
Num processo contínuo e circular, as linguagens se misturam, se fundem com as estruturas pré-existentes, de forma a não perder o vínculo já estabelecido entre os veículos e seus usuários. Não se pode deixar de lembrar que o Jornal Nacional, o programa jornalístico mais presente entre as respostas dos alunos entrevistados, baseado na experiência estadunidense, nasceu em 1º de setembro de 1969 com a intenção de encontrar a “família brasileira reunida na sala”, pois “a televisão era próxima, coloquial, diferente do rádio, onde o narrador se exaltava, falava mais alto, como se procurasse o ouvinte por todos os cantos da casa” (MEMÓRIA , 2004, p. 25).
Isso, associado à preocupação da empresa em manter um padrão de linguagem (entende-se aqui todo o conjunto de ações: verbais ou não-verbais) que seria veiculado a todos os lares e que minimizasse os custos de produção, de forma a se tornar o programa campeão de audiência (Id., p. 28), o que vai confirmando o raciocínio circular de replicação das formas e usos adotados pela emissora ao longo de sua existência. Como regra geral o jornalismo deveria “atender tanto o ‘interesse público’ como o ‘interesse do público’”, pois, tendo como proposta a participação em família, é “fundamental para que as pessoas tenham o que conversar”, que não apenas os atos e ações do governo, as leis, modificadores do cotidiano da população (Ibid., p. 289).
O que nos leva a refletir sobre o que Fiorin (2001, p. 44) coloca sobre a produção e organização do discurso pelo homem, que, considerada a dimensão de sua construção no meio social, está vinculada à reprodução daquilo que se aprende e apreende a partir de suas experiências no cotidiano marcado pelo elemento televisivo.
Dos Gráficos 6 a 11 pode-se extrair o perfil de participação dos alunos em atividades presentes no cotidiano e não menos necessárias para formação e educação da população. Isso porque atividades como cinema, teatro, shows e práticas esportivas conduzem o participante a integrar-se numa equipe/grupo e apontam para uma melhor convivência e interação social. Curiosamente, pouco aparecem nas respostas quanto à falta de equipamentos e serviços na comunidade o cinema e o teatro (apenas dois entrevistados mencionam esta falta, sendo um residente em Osasco e outro em Carapicuíba). Isso talvez responda aos resultados apresentados abaixo, onde 44,4% não foram ao cinema nos últimos 30 dias que antecedem ao preenchimento do questionário, 76,7% ao teatro, 62,3% a shows, 59% a estádios/quadras/ginásios esportivos, 43% não participam de atividades físicas. A prática em assistir a vídeo cassete/DVD aparece em destaque, uma vez que apenas 9,3% não assistiram nesse mesmo período. Também podem ser observados os valores baixos, porém representativos, se considerarmos que os respondentes são alunos universitários, daqueles que, na vida, nunca participaram/freqüentaram cinema (1,1%), teatro (4,9%), show (4%), estádio – assistir a uma partida ao vivo – (7,7%), práticas esportivas (4,8%). Estes resultados se assemelham aos do INAF 2001, que apresenta percentuais que variam de 45% a 83% para aqueles que nunca participaram de atividades culturais como ir a exposições, shows, museus, cinema e teatro (RIBEIRO, 2003, p. 259-60).
Estudo realizado com adolescentes em países hispânicos pela Organização Iberoamerica da Juventude – IOJ, em conjunto com a Comissão Econômica para a América Latina e Caribe - CEPAL, aponta para a pequena participação desta população em atividades culturais que não sejam em suas casa, como assistir à TV ou ouvir música. Em atividades externas, optam por práticas esportivas, sair para dançar ou ir ao cinema (CEPAL, 2004, p. 274-8).
Também vale salientar que, apesar de esforços da instituição na qual realizam seus cursos universitários, os alunos por variadas razões acabam não participando das atividades em sala ou fora dela que envolvem a apresentação de filmes, como acontece com o Cine Fieo de Arte mensalmente. Na ocasião do preenchimento dos questionários, 50% daqueles que responderam nunca ter ido ao cinema freqüentavam o primeiro semestre de seus cursos, a maior parte se autodenominou evangélico, a maior parte reportou residir em outra cidade que não Osasco. Ou seja, a distância, a falta de informação dentro da instituição, a falta de integração do aluno na comunidade universitária, ou mesmo a prática religiosa, o trabalho em fins de semana ou ainda a prática de atividades na comunidade podem ser agravantes para a não participação desta modalidade cultural oferecida pela instituição de ensino.
Gráfico 6: Distribuição dos questionários aplicados aos alunos segundo a freqüência ao cinema nos últimos 30 dias. Unifieo, Osasco, 2004
Gráfico 7: Distribuição dos questionários aplicados aos alunos segundo a freqüência ao teatro nos últimos 30 dias. Unifieo, Osasco, 2004
Gráfico 8: Distribuição dos questionários aplicados aos alunos segundo a freqüência a show nos últimos 30 dias. Unifieo, Osasco, 2004
Gráfico 9: Distribuição dos questionários aplicados aos alunos segundo a freqüência a assistir a vídeo nos últimos 30 dias. Unifieo, Osasco, 2004
Gráfico 10: Distribuição dos questionários aplicados aos alunos segundo a freqüência a estádio/jogos nos últimos 30 dias. Unifieo, Osasco, 2004
Gráfico 11: Distribuição dos questionários aplicados aos alunos segundo prática de atividade física nos últimos 30 dias. Unifieo, Osasco, 2004
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Góes
Data da última atualização: 23 out 2005